Parto Normal: Uma História de Empoderamento e Renascimento

 Olá, seja bem-vinda mamãe!

Hoje, convido você, a mergulhar na narrativa de uma jornada singular: meu parto. Uma experiência marcada por desafios e triunfos, lágrimas e sorrisos, mas, acima de tudo, permeada pelo poder inigualável que reside dentro de cada uma de nós. Permita-se acompanhar essa jornada e descobrir os segredos que ela guarda, pois é através dela que somos transformadas, renascidas como mães, como mulheres, como seres plenos de amor e coragem.

Este relato não é apenas uma história pessoal, mas um convite para que você se conecte com sua própria jornada, para que encontre inspiração e conforto, para que se empodere diante do desconhecido e se entregue ao milagre que é dar à luz. Afinal, em meio à incerteza e à expectativa, uma certeza permanece: o parto é, acima de tudo, um ato de amor.

Era 31 de Dezembro de 2019, véspera de Ano Novo. Acordei com um incomodo na barriga, uma cólica bem fraca, mas algo suportável que não me atrapalhou de viver o dia. Por volta das 17 horas comecei a me arrumar, pois passaria a virada com minha família na casa da minha prima.

Fui a primeira a chegar. Lá já estavam meus 4 avós, primas e irmã. Riamos, conversávamos, brincava com meu priminho, até que por volta das 21h30 comecei a sentir uma dor estranha na lombar, algo leve, mas que incomodava. Algo que eu não tinha sentido antes. Fiquei em alerta. Depois de alguns minutos, senti a dor de novo. Estava começando as contrações.

Na mesma hora mandei mensagem para o meu namorado (hoje marido) falando que o estava acontecendo. Ficamos monitorando através do envio de pontinhos para cronometrar o espaçamento entre as contrações. 

Elas começaram a ficar menos espaçadas, e com isso fique desesperada, mas não contei para ninguém, apenas para minha irmã. Guardei até o último momento apenas para mim, não queria preocupar minha família.

23 horas, fui ao banheiro e tive um sangramento. Ai não teve jeito, tive que contar para todos. Meu primo me levou até a maternidade e meu marido me encontrou lá.

As dores ainda estavam fracas, quase imperceptíveis.

Dei entrada na maternidade as 23h36 e ao fazer exame de toque já estava com 7 centímetros de dilatação.

Na mesma hora me levaram para fazer o exame de cardiotoco e a partir dai tudo começou.

As dores aumentaram. Theo sentia que já estava na hora de vir ao mundo. 

Me levaram para uma sala, onde lá fiquei no chuveiro, na bola, na cama, mas nenhuma posição me agradava e a dor só aumentava. A bolsa estourou e eu só conseguia dizer: "Não aguento mais!" 

10,9,8,7,6,5,4,3,2,1... Feliz Ano Novo

Escutava de fundo os fogos, as enfermeiras se comprimentando, meu marido segurando minha mão, meu pai e mãe se abraçando, e eu só conseguia ficar de olhos fechados sentindo o momento e me concentrando para o que estava por vir.

Quase 1 hora da manhã a médica entra no quarto. Eu já estava com 9 centímetros. "Agora falta pouco" - disse ela. Comecei a trabalhar a respiração e fazer força. 

"Você conseguiu, já estamos com 10 centímetros, chegou a hora."

Então, depois de muito choro, força, cansaço e fraqueza, Theo nasceu a 1h36 da madrugada do dia 1 de Janeiro de 2020 pesando 3,600kg e medindo 51cm.

"Ele nasceu" - escutava bem de longe alguém falar enquanto o segurava no colo e ao mesmo tempo perdia os sentidos. 

"Estou passando mal" -  disse. Estava sem comer desde a hora do almoço, fiz muita força, estava cansada e por isso minha pressão abaixou e eu quase desmaiei.

Veio uma equipe de enfermeiras e fazia de tudo para eu voltar. Um misto de sentimentos começou em mim, achei que perderia a vida ali. 

Mas fui medicada com muita rapidez. Fiquei um tempo de repouso e depois finalmente consegui segurá-lo de novo em meus braços e naquele momento senti transbordar um amor que eu nunca tinha sentido antes.

Se você é gestante e está prestes a ter esse encontro com o seu grande amor só posso te dizer que, será do jeito que tem que ser. Aproveite, se entregue, não tenha medo. Depois que esse momento passar, você sentirá saudade!

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