O Caminho da Amamentação: Entre Desespero, Persistência e Amor

Olá, seja muito bem-vinda mamãe!

Hoje vou compartilhar com vocês a minha jornada com a amamentação.

Logo após o nascimento do Theo, percebi que algo não estava certo: ele simplesmente não mamava. Perguntei para as enfermeiras e ouvi que era normal, mas o tempo passava e, mesmo depois de quase 24 horas, nada. O desespero começou a tomar conta.

A maternidade fez alguns exames, chamou a fonoaudióloga, mas ainda assim não encontravam solução. O problema era a pega: ele não conseguia fazer corretamente. Peguei o celular e desabafei no grupo de WhatsApp das mulheres da minha família. Minha mãe, percebendo meu sofrimento, foi até a maternidade e exigiu que fizessem algo. Foi então que a chefe da enfermagem veio ao meu quarto, viu a situação e, com a minha autorização, pediu para que dessem fórmula para o Theo. Finalmente ele começou a se alimentar.

Mesmo assim, a frustração me atingiu. Eu tinha leite, mas meu bebê não conseguia mamar no meu peito. Foi nesse momento que minha prima sugeriu que eu tentasse usar um bico de silicone. No hospital, o uso era proibido, mas eu decidi arriscar. Meu cunhado trouxe o bico durante a visita e uma enfermeira — que para mim foi um verdadeiro anjo — me ajudou a esterilizá-lo e mostrou como colocar corretamente. Quando fiz o teste, para minha surpresa e emoção, o Theo mamou pela primeira vez no meu peito.

Ainda assim, eu não queria desistir de tentar sem o bico. Todos os dias, nas mamadas, eu tirava o acessório e tentava colocá-lo direto no seio. Nada. Foram meses de uma mistura de sentimentos: o sofrimento pelo trabalho e desconforto de usar o bico (fraldas e mais fraldas encharcadas de leite que vazava, limitações para sair de casa), mas também o alívio de vê-lo crescer saudável com o meu leite.

Esse processo durou seis meses. Até que, em uma das mamadas, resolvi tentar novamente sem o bico… e, para minha alegria, o Theo mamou direto no meu peito. A sensação foi indescritível — realização e felicidade por não ter desistido.

A partir dali, nossa amamentação seguiu de forma natural, e consegui amamentar meu filho, sem bico, por 2 anos e 3 meses. Foram anos de entrega, paciência, superação… e, acima de tudo, de muito amor.

Para você, mamãe, que está enfrentando dificuldades na amamentação: saiba que cada jornada é única e não existe um caminho “certo”, existe o seu. Você não está sozinha — amor, paciência e persistência valem mais do que qualquer perfeição.