A Alergia à Proteína do Leite (APL) é uma das alergias alimentares mais comuns em bebês, especialmente nos primeiros meses de vida. Este artigo aborda o que é a APL, seus sintomas, como lidar com a condição e quais cuidados e alterações alimentares as mamães que amamentam devem considerar para o bem-estar do bebê.
O que é APL?
A APL é uma reação alérgica do organismo às proteínas presentes no leite de vaca, como a caseína e a ã-lactoalbumina. Esta alergia ocorre quando o sistema imunológico do bebê identifica essas proteínas como nocivas, desencadeando uma resposta inflamatória. Apesar de ser mais comum em bebês que consomem fórmulas à base de leite de vaca, também pode afetar bebês amamentados exclusivamente ao seio, caso a mãe consuma laticínios ou derivados.
Sintomas da APL
Os sintomas da APL podem variar em intensidade e aparecer minutos ou horas após a ingestão do alimento. Os mais comuns incluem:
Sintomas Gastrointestinais
- Cólicas severas e irritabilidade;
- Diarreia ou constipação;
- Presença de sangue ou muco nas fezes;
- Refluxo frequente e intenso.
Sintomas Cutâneos
- Urticária (manchas vermelhas com coceira);
- Dermatite atópica (pele seca e irritada);
- Inchaços em áreas como rosto e lábios.
Sintomas Respiratórios
- Congestão nasal persistente;
- Chiado no peito;
- Dificuldade para respirar em casos mais graves.
Dicas e Cuidados
1. Confirmação do Diagnóstico
É essencial que um pediatra ou alergista seja consultado para confirmar a APL. O diagnóstico pode incluir histórico clínico detalhado, testes de alergia (cutâneos ou de IgE) e dietas de eliminação seguidas de reintrodução supervisionada.
2. Dieta de Exclusão para Mamães que Amamentam
Se o bebê for diagnosticado com APL e estiver sendo amamentado exclusivamente, a mãe deve retirar da sua dieta todos os alimentos que contenham leite e seus derivados. Isso inclui:
- Leite de vaca, queijo, iogurte, manteiga e creme de leite;
- Produtos industrializados que contenham leite ou soro de leite.
3. Leitura de Rótulos
Além dos laticínios óbvios, o leite pode estar presente em alimentos industrializados, como bolachas, pães e embutidos. Leia atentamente os rótulos em busca de termos como "caseína", "soro de leite" e "lactoglobulina".
4. Uso de Substitutos
Busque alternativas seguras e nutritivas para substituir o leite, como bebidas vegetais (leite de amêndoas, coco ou aveia), desde que aprovadas por um nutricionista.
5. Supervisão Profissional
Adotar uma dieta restritiva requer o acompanhamento de um profissional de saúde para garantir que a mãe esteja recebendo todos os nutrientes necessários para sua saúde e produção de leite.
Alimentação Adequada para Mamães que Amamentam
Uma dieta equilibrada é crucial para atender às demandas nutricionais da mãe e do bebê. Aqui estão algumas recomendações:
1. Fontes de Proteína
Inclua carnes magras, ovos, peixes ricos em ômega-3 (como salmão e sardinha), leguminosas (feijão, lentilha) e tofu.
2. Fontes de Cálcio Sem Laticínios
- Vegetais verde-escuros (brócolis, espinafre);
- Gergelim e chia;
- Leites vegetais fortificados.
3. Gorduras Saudáveis
Consuma abacate, azeite de oliva, castanhas e sementes.
4. Carboidratos Complexos
Priorize cereais integrais, como arroz integral, quinoa e aveia, para manter os níveis de energia.
5. Hidratação
Beba bastante água, chás naturais e sucos naturais para garantir uma produção de leite adequada.
A APL pode ser desafiadora, mas com o suporte de uma equipe de saúde qualificada e os ajustes necessários na dieta, tanto a mãe quanto o bebê podem atravessar essa fase de forma mais tranquila. Esteja sempre atenta aos sinais do bebê e busque orientação profissional ao menor sinal de sintomas. Lembre-se: o cuidado com a alimentação e a dedicação na amamentação fazem toda a diferença para o desenvolvimento saudável do seu pequeno!
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